A escolha do carvão ativado para processos de recuperação de ouro é um fator determinante para a eficiência operacional e a otimização dos custos. Características como dureza, resistência à abrasão, cinética de adsorção e capacidade de carregamento devem ser analisadas com critério.

O carvão ativado em circuitos CIL e CIP está sujeito a desgaste mecânico significativo. Para minimizar a formação de finos e evitar perdas de ouro associadas, recomenda-se a seleção de carvões com: Alta dureza mecânica, reduzindo a fragmentação ao longo do processo. Baixa perda por atrito, garantindo maior durabilidade e menor necessidade de reposição.
A eficiência da recuperação de ouro está diretamente relacionada à velocidade com que ele é adsorvido pelo carvão. A avaliação da cinética deve considerar: Taxa de adsorção inicial elevada (R-value)para capturar rapidamente o ouro em solução. Distribuição uniforme de porosidade, permitindo a difusão eficiente do ouro dentro da estrutura do carvão.
A capacidade de carregamento define o volume máximo de ouro que pode ser adsorvido antes da necessidade de eluição. Fatores a serem considerados incluem: K-value elevado, indicando um equilíbrio favorável de adsorção. Baixo teor de cinzas, prevenindo interferências no processo de eluição.
A seleção do carvão ativado também deve levar em conta o tipo de circuito empregado: CIL (Carbon-in-Leach): requer carvão com alta resistência mecânica devido ao contato prolongado com a polpa. CIP (Carbon-in-Pulp): carvões com porosidade otimizada são essenciais para maximizar a extração de ouro.